quinta-feira, 31 de março de 2011

Os 10 mandamentos satânicos

caiu! 

  E Satan virou-se e sorriu, E pronunciou seus mandamentos Para que a humanidade os seguissem 

I 
"Sua opinião deve valer mais do que tudo no universo" 
 Apesar destes mandamentos serem baseados no espírito humano, caso discorde de qualquer coisa escrita nele, sua idéia se sobressai, pois nenhuma escritura, nenhuma religião ou tradição vale mais que o espírito humano 
II 

"Amar a si mesmo sobre todas as coisas " 
Não há ninguém em sua vida mais importante do que você mesmo, não há deus ou amor maior que voce , o satanista, saiba que todo homem é uma estrela, e que cada um é a coisa mais importante e preciosa em sua própria vida . Seja seu próprio Deus . 
III

"Amar ou Odiar o próximo como este a ti."
Ser justo, e a coisa mais importante que deve haver, um satanista sabe agradecer tão bem quanto sabe se vingar, uma boa merece nosso carinho assim como nossos inimigos merecem todo o ódio de nosso coração e claro deve haver uma balança que ame e odeie as pessoas na medida certa . 
IV
"Nunca poderás saber tudo, mas irás sempre atrás deste objetivo" 
Não importa o quanto voce leia, ouça, estude, decore, sempre ha mais a saber , mas isso não deve desanimar , ninguém além dos tolos , pois isso só nos mostra que há muito a se descobrir , alimente seu corpo com comida e água, seu espírito com sexo e música , e sua mente com sabedoria, veja como a ceia é vasta, e veja como seu apetite é infinito . 
V 

"Usarás da mente criativa, e dela colherá frutos" 
  é um texto da Satan church  Sua imaginação não foi um acaso da natureza. Ela serve para muita coisa, é a chave para o universo . Realmente ela é uma verdadeira arma mágica, e é nela , somente nela , que passeiam todos os seus poderes, usamos a imaginação nos rituais, a Imaginação é fantasia, mas a magia é real . 
VI 

"Nào se arrependerá de seus atos intencionais " 

O ser humano quando normal é um animal de consciencia e   é responsável pelos seus próprios atos, ninguém é obrigado a nada e é errado se arrepender quando praticou seus atos em plena consciencia , além do que esta é uma prática estritamente humilhante que nos aperta o ego e o orgulho, lembre-se que voce nunca está errado se está realizando um desejo interior . VII 

"Aprenderá a rir e a sorrir " 

Ao contrário de muitas religiões o Satanismo é a religião da Alegria, você já viu como é triste uma missao católica ? Aprender a rir é essencial , especialmente de voce mesmo, e não isso  não significa fazer o papel de palhaço . Receba os obstáculos como desafios, nunca como problemas e se tropeçar e cair , levante rindo. Lembre-se de Nietzche : "O que não o matar, o tornará mais forte ." 
VIII 

"Confiarás em ti mesmo e em tua mágica"  O Satanista tem que ter tanta confiança de que terá junto com sua magia capacidade de melhorar sua vida ou de resolver um problema que deve acreditar que o problema já está resolvido, sim acredite em sua mágica , em seus poder, em seu valor e em seus rituais , pois é exatamente ai que se esconde a verdadeira mágica . 
IX 

"Andarás a teu modo, mas respeitarás o caminho de outrem "  você é satanista ? Voce é budista ? Seu pai é ateu ? E daí ? O caminho dos outros deve ser respeitado . Rasgar livros sagrados , queimar os locais santos de outras religiões é totalmente anti-satanico, a estrada dos outros não importa, quanto mais voce ver o quanto o outro está errado, menos voce verá que está certo. Respeite os outros se voce espera ser respeitado . X 

"Faças bem, ou nao faças nada " 
 Se voce ama, ame de paixão, entregues ao prazer de reconhecer sua alma gemea , se voce odeia, ponha fogo neste ódio e deixe ele arder em chamas . Se for gritar, gr  gritar, grite alto pois se o primeiro golpe é forte o bastante , seu inimigo não irá se levantar . Viva a vida intensamente . Faça bem feito , faça de uma vez , ou não faça nada.  esses são os 10 mandamentos sattânicos  vc pode usar

Pedra Filosofal




                   






Pedra Filosofal (Lapis Philosophorum) era o principal objetivo dos alquimistas. Segundo a lenda, era um objeto que poderia aproximar o homem de Deus. Com ela o alquimista poderia transmutar qualquer metal inferior em ouro, como também obter o Elixir da Longa Vida que permitiria prolongar a vida indefinidamente. O trabalho relacionado com a pedra filosofal era chamado pelos alquimistas de "A Grande Obra" (ou "Opus Magna", em latim). A lenda da pedra filosofal não existe na alquimia chinesa.
Aparentemente, o trabalho de laboratório dos alquimistas na busca pela pedra filosofal era, na verdade, uma metáfora para um trabalhoespiritual. Neste sentido, a transmutação dos metais inferiores em ouro seria a transformação de si próprio de um estado inferior para um estado espiritual superior.
Torna-se mais clara a razão para ocultar toda e qualquer conotação espiritual deste trabalho, na forma de manipulação de "metais", se nos lembrarmos que na Idade Média qualquer um poderia ser acusado de heresiasatanismo e outras coisas, acabando por ser queimado na fogueira.
A pedra filosofal poderia não só efetuar a transmutação, mas também elaborar o Elixir da Longa Vida, uma panaceia universal, que prolongaria a vida indefinidamente. Isto demonstra as preocupações dos alquimistas com a saúde e a medicina. Vários alquimistas são considerados precursores da moderna medicina, e dentre eles destaca-se Paracelso.
A busca por esta pedra filosofal é, em certo sentido, semelhante a busca pelo Santo Graal das lendas arturianas. Em seu romanceParsifal, Wolfram von Eschenbach associa o Santo Graal não a um cálice, mas a uma pedra que teria sido enviada dos céus por seres celestiais e teria poderes inimagináveis.
Ao longo da história a criação da pedra filosofal foi atribuída a várias personalidades, como Paracelsus e Fulcanelli, porém é inegável que a lenda mais famosa refere-se a Nicolas Flamel, um alquimista real que viveu no século XIV. Segundo o mito, Flamel encontrou um antigo livro que continha textos intercalados com desenhos enigmáticos. Porém, mesmo após muito estudá-lo, Flamel não conseguiria entender do que se tratava. Segundo a lenda, ele teria encontrado um sábio judeu em uma estrada em Santiago na Espanha, que fez a tradução do livro, que se tratava de cabala e alquimia, possuindo a fórmula para a pedra filosofal. Por meio deste livro, conseguiu fabricar a pedra: segundo a lenda, esta seria a razão da riqueza de Flamel, que inclusive fez várias obras de caridade, adornando-as com símbolos alquímicos. Ao falecer, a casa de Flamel foi saqueada por caçadores de tesouros ávidos por encontrar a pedra filosofal. A lenda conta que, na realidade, ambos, Flamel e sua esposa, não morreram, e que em suas tumbas foram encontradas apenas suas roupas no lugar de seus corpos.

sexta-feira, 25 de março de 2011

Lilith e o riso das crianças


Alan Unterman conta que “nas vésperas de Shabat e da lua nova, quando uma criança sorri é porque Lilith está brincando com ela. Para livra-la de qualquer mal, deve-se bater de leve três vezes em seu nariz pronunciando uma fórmula de proteção contra Lilith”. A palavra hebraica para “rir” ou “brincar”, t’sahak, também significa “acariciar”. O riso das crianças pode ser provocado por alguma espécie de folguedo sexual. Algo que não chega a ser tão agressivo quanto um coito, mas que se enquadra nos padrões infanto-juvenis dos primeiros passos para a descoberta da sexualidade. O que Abimeleque viu pela janela foi bastante para alertá-lo de que Rebeca era esposa de Isaac, e não sua irmã: “Eis que Isaac estava brincando com a esposa, Rebeca” (Gen. 26:8). A Vulgata acrescenta quatro palavras ao texto Massoreta no versículo onde Sara notou que Ismael estava brincando (t’sahak) “com seu filho Isaac”. De acordo com Jonathan Kirsch, nesta instância t’sahak pode se aplicar a um tipo de abuso infantil, pois Sara toma providencias urgentes quando vê que “Ismael está tomando com o seu irmão menor uma liberdade que ela considera chocante demais para tolerar”.Tal apelo remete ao mesmo dilema levantado por Má Lana Jalaluddín Rumi (1207-1273):
Uma criança não sabe nada da natureza da relação sexual,Salvo aquilo que lhe dizes: que esta é como confeitos.Entretanto, até que ponto o prazer da relação sexualParece-se realmente com o que se obtém comendo doces?Não obstante, a ficção produz uma relaçãoEntre tu, com teu perfeito conhecimento, e a criança,De modo que a criança conhece o assunto por meio de uma metáfora,Embora não conheça sua essência ou natureza real.
Mas na maioria das vezes Lilith não precisa ter muito trabalho para perverter as almas infantis. Como numa árvore doente, os frutos da massa pecadora do mundo já nascem crivados de pontos podres. Graças a um sentido mágico, o motivo que leva um casal a manter relações sexuais pode influir no futuro da educação e fé da descendência (Cf. Zohar chadash 12a; Igeret ha Qodesh; etc.). Principalmente para os cabalistas e os hassideus, se um casal se santificar durante o ato sexual a recompensa será a geração de filhos verdadeiramente observantes do judaísmo. Mas se, pelo contrário, houver um comportamento sem pudor e desrespeitoso diante das normas, o fruto dessa relação será um filho sem caráter e mau. “Será como um pagão, cuja única finalidade é satisfazer a própria luxúria” Esta prole fica sujeita a influência perniciosa de Lilith, que vem brincar com as crianças e carregar suas almas após a morte:
Ela sai pelo mundo e procura suas crianças. Ela vê os filhos do homem, se junta a eles – para matá-los e ser absorvida nas almas da prole dos filhos do homem – e parte com aquela criança. Mas três espíritos santos chegam lá e voam à sua frente. Tiram-na aquela criança e colocam-na diante do Santo, bendito seja, e ali ela [a criança] estuda diante Dele. Por isto a Tora adverte: “Sede santos” (Lev. 19:2). Se um homem é santo, ele não é prejudicado por ela, porque o Santíssimo, bendito seja, envia aqueles três anjos santos que nós mencionamos. Eles guardam aquela criança e ela não pode prejudicá-la. Mas se um homem não é santo, e arrasta um espírito do lado impuro, então ela vem, faz brincadeiras com aquela criança e, quando ela a mata, penetra aquela alma [que parte da criança] e nunca a abandona (Zohar 3:76b-77a).
Um apócrifo gnóstico cristão enuncia que os filhos que uma mulher dá à luz se parecem àquele que a ama. “Se é o seu marido, parecem-se ao marido; se um adúltero se parece ao adúltero. Sucede também com freqüência que quando uma mulher se deita com seu marido por necessidade — enquanto seu coração está ao lado do adúltero com quem mantém relações — dá à luz o que tem de dar à luz com a aparência do amante” (Evangelho Segundo Felipe – 112). Este conceito foi bastante difundido na Idade Média. É o mesmo princípio exposto no Zohar, quando o rabi Shimon bar Yochai aconselha seus discípulos a evitar, conscientemente, de encarar uma mulher: “Se vocês não procederem assim, poderá acontecer-lhes de ficarem pensando nela quando estiverem nos momentos de intimidade com a esposa de vocês e assim o demônio terá parte na concepção”. As crianças geradas desta forma precisam morrer para que seja cumprida a justiça divina:
Mas, Senhor do mundo, quando uma criança tem apenas um dia de vida, será julgada? Essas são as lágrimas dos oprimidos, que não encontram consolo. Há muitos tipos diferentes entre eles, mas todos derramam lágrimas. Por exemplo, há a criança nascida do adultério. Logo que ela vem ao mundo é separada da comunidade do povo sagrado, se lamenta e derrama lágrimas perante o Senhor e reclama: Senhor do mundo, se meus pais pecaram, que culpa tenho eu? Tentei praticar apenas o bem perante Vós. Mas o maior sofrimento de todos é o desses “oprimidos” que são apenas bebês que foram afastados dos seios de suas mães... Mas por que é preciso que esses pobres pequeninos, que não têm culpa ou pecado, morram? Onde está agora o julgamento verdadeiro e justo do Senhor do mundo? Se eles devem morrer por causa dos pecados de seus pais, certamente “não encontrarão consolo”. No entanto, na verdade as lágrimas desses oprimidos intercedem pelos vivos e os protegem, e devido à sua inocência e ao seu poder de mediação é preparado um lugar para eles que nem mesmo os inteiramente justos podem conquistar ou ocupar; porque na verdade Deus os ama de um modo especial e particular. Deus se une a eles e prepara-lhes um lugar superior, muito perto Dele. É com respeito a esses pequeninos que está escrito: “Pela boca das crianças e bebês tu o firmaste, qual fortaleza” (Salmo 8:3). (Zohar 11, 113b).
Quando, por alguma reviravolta do destino, o condenado sobrevive, o demônio vem reclamar sua prole a cada lua nova. Essa não terá um lugar especial reservado ao lado do trono de Deus. Antes, se transformará em mais um lunático (talvez até um licantropo):
Às vezes acontece de Naamah avançar no mundo para fazer-se ardente para os filhos do homem, e um homem se descobre numa conexão de luxúria com ela. Ele desperta de seu sono, agarra sua esposa e deita-se com ela. Este desejo vem daquela luxúria que ele teve em seu sonho. Então a criança que ela gera vem do lado de Naamah, porque o homem foi movido até ela por sua luxúria. E quando Lilith vem e vê aquela criança, ela entende o que aconteceu. Ela se junta a ele e educa-o como todos os outros filhos de Naamah. Ela fica com ele muitas vezes, mas não o mata. Este é o homem que se torna marcado em toda Lua Nova, porque ela nunca desiste dele. Porque mês após mês, quando a lua torna-se nova no mundo, Lilith vem e visita todos aqueles que ela educou, e brinca com eles, e por isso aquela pessoa é marcada naquele tempo (Zohar 3:76b-77a).
As duas esposas principais de Samael criaram um complicado esquema onde primeiro Nahemah provoca sonhos eróticos em homens casados. Suas vítimas acordam excitadas e solicitam suas esposas. O produto desta união é um “filho de Nahemah” porque seu pai estava pensando nela durante o momento da concepção. Logo, de acordo com Daniel Lifschitz, “qualquer casal deveria evitar o início e o fim da noite e qualquer outro momento em que as pessoas, ainda acordadas ficam de ouvidos ligados. Tais circunstâncias poderiam suscitar pensamentos lascivos nas pessoas e concederiam ao demônio o poder de ter parte em cada filho eventualmente concebido, transformando-o quase num bastardo”.Como, tradicionalmente, Nahemah não cria filhos, sua prole fica entregue aos cuidados de sua irmã e rival. Lilith vem brincar com a cria dos maus e educa suas crianças para seguirem a inclinação esquerda. Ou seja, as desvia do ensino da Tora para os prazeres da vida. Então, ela espera como alguém que plantou uma videira, regou e cuidou até que possa colher as uvas. Cedo ou tarde seus caminhos levam para a morte, que libera as almas para serem penetradas. Quem quiser livrar sua descendência destes espíritos deve recorrer à oração: “Antes de manter relações sexuais é preciso orar ao Senhor para ter filhos que sejam bons, santos em sua alma, prontos para acolher, sem zombaria, até os menores preceitos do Judaísmo”. Os três anjos que protegem os filhos dos santos são chamados em diversas fontes e amuletos pelos nomes Sanvi, Sansavi e Semengalef.

Kinder Benimerines e o roubo de crianças:
Em 1891 o ex-presidente da Sociedade de Cultura Cigana, Charles Godfrey, atestou que “os ciganos sempre foram vistos como feiticeiros e ladrões de crianças, e é fato curioso que Lilith, a mãe de toda feitiçaria, tenha feito o mesmo e, atualmente, os ciganos eslavos possuam sortilégios contra esse espírito”. O roubo de recém-nascidos “é uma característica muito antiga do demônio feminino ou feiticeira, ou strega, e é encontrada atualmente entre os judeus, que acreditam nas Benemmerinnenou bruxas que assombram as mulheres durante o parto, assim como fazia Lilith. “Os judeus baniram essa primeira esposa de Adão, escrevendo nas paredes ‘Adam chava chuz Lilith’ [‘Afaste-se daqui, Lilith!’] (Anthropodemus Plutonicus, escrito por John Praetorius, 1666)”.Não creio que as fontes das lendas de Lilith se limitem à depressão pós-parto e doenças infantis. Certas histórias do desaparecimento de virgens levadas por bruxas não poderiam, a partir de certa época, ser alimentadas pelo medo de possíveis raptos realizados por cafetões ou alcoviteiras?  Talvez não seja impossível que eventualmente alguma feiticeira se envolvesse neste meio, pois o comércio de remédios, mandrágora,afrodisíacos e abortivos pode ter feito com que compartilhassem fregueses com bordéis e prostitutas. Como a vida de uma curandeira nunca foi fácil, a interação cultural poderia despertar o interesse de quem precisa vender pelos demais objetos de desejo daqueles que desejavam comprar. Em suma, seria ingenuidade negar o potencial lucrativo da compra ou roubo de varões recém-nascidos, incircuncisos, destinados à venda a terceiros interessados na adoção – coisa que as parteiras teriam maior facilidade em obter – ou meninas a partir da faixa etária dos dez anos, para o matrimônio ou prostituição.É fato que, há tempos, não faltavam compradores em potencial dentre os povos germânicos. Segundo Lujo Bassermann, “no ano de 973 d.C., Ibraim Ibne Jacó, judeu espanhol convertido ao islamismo, percorreu a Boêmia, a Alemanha Central e as terras costeiras do Mar Báltico. Apesar de não o reconhecer expressamente (ao menos na parte de seu relatório que foi conservada), é possível deduzir por diversos indícios contidos no mesmo, que ele tivesse tentado comerciar prisioneiros louros das tribos guerreiras eslavas do Báltico”. Sem dúvida não foi um caso único. “Os germânicos do norte vendiam mulheres aos comerciantes árabes, especialmente as que não fossem mais consideradas virgens. Os Viquingues, ainda pagãos naquela época, e os árabes, seus parceiros de comércio, conjuntamente – e de forma lucrativa – resolveram o problema das mulheres devassas”.Posteriormente, na Idade Média “os judeus e os ciganos contribuíram com os requintes do Oriente”. Em 1645, Jean Le Laboureur escreveu que entre os húngaros daquele tempo “quando um camponês vendia aos turcos crianças cristãs, costuravam-no inteiramente nu dentro de um cavalo morto, do qual haviam tirado as entranhas, tendo somente a cabeça do lado de fora, sob a cauda do cavalo; e o animal e o vivo apodreciam juntos”. Ainda assim, no século XVIII, um famoso bordel de Berlim foi, por algum motivo, batizado com o sugestivo nome O Judeu Guedelhudo.Vemos, portanto, que havia um motivo plausível para a compra ou roubo de crianças e jovens na Alemanha. Muitas deviam morrer por doenças, fome, maus tratos, repressão e todo tipo de má sorte que persegue um marginalizado prostituído. Mas a mitologia pretende mais. Um texto cabalístico apresenta uma verdadeira sociedade de bruxas, organizada e hieraquizada, que ofereceria sacrifícios infantis à primeira mulher: “Esta Lilith tem quarenta tempos malignos, nomes malignos e facções malignas. E todas são ordenadas para matar as crianças – possamo-nos ser salvos! – especialmente através das bruxas que são chamadas Kinder Benimmerins na linguagem de Ashkenaz [Alemão]” (Bacharach, ’Emeq haMelekh, 140b). 

segunda-feira, 21 de março de 2011




São numerosas as lendas pagãs que falam e contam do comércio carnal realizado por certas deidades com seres humanos.
Júpiter possuiu Alemene, e Semele thetis entregou-se a Paleo, e Venus a Anchises.
Para os cristãos da idade média, Júpiter e seus olímpicos companheiros não são falsas lendas, são alguma coisa de real e tangível.

Os demônios fazem muito mais que instigar os homens e as mulheres nas seduções revestindo-se da forma feminina ou masculina para oferecer a todos a ocasião de se perderem pelo pecado que expulsou do paraíso os nossos primeiros pais Adão e Eva. E isto nos tem sido transmitido desde tempos antiqüíssimos.
A religião hebraica conta o mesmo desde as primeiras épocas do mundo e a igreja adotou o parecer dos rabinos na interpretação do famoso capitulo do gênesis em que fala dos filhos de Jeová que tinham por mulheres as filhas dos homens.

Os escritos dos teologosfilosofos e médicos da idade media estão cheios de narrativas detalhadas que dizem da união diabólica com seres humanos. A crença foi geral e tão admitida que um escritor sagrado, disse no século XVII - : “não restaria senão demonstrar como os demônios podem ter comercio carnal com homens e mulheres mas o assunto é por demais obsceno para ser descrito nestas paginas”.
Geralmente o demônio tomava uma pessoa de um outro sexo e as vezes os dois alternativa e simultaneamente para saciar-se na indefesa vitima submersa em sono profundo. Homem ou mulher era cúmplice involuntário perdia no transe sua inocência sem que pudesse conhecer o ser invisível que lhe fizera mal, despertava depois encontrando a desventurada jovem em sua carne e em suas roupas provas verídicas do que lhe havia acontecido anteriormente.

Se os demônios tomavam o sexo masculino recebiam o nome de incubos e quando tomavam o feminino, denominavam-se sucubos. A realização desse ato sexual era chamado incubato quando a mulher era possuída por um demonio-macho e sucubato quando o homem era possuído por um demoni-femea.
A palavra incubo provem do verbo latino incubare que significa estar em cima de alguém.
Em um manuscrito citado por ducange encontra-se a seguinte definição:”incubi vel icubone” e uma espécie de demônio que esta com as mulheres”.
A etimologia do sucubo só difere da anterior por ser expressa a atitude do demônio transformado em mulher.
As descrições de casos de incubato abundam em todos os escritores dos séculos que passaram.

São Bernardo redimiu a uma mulher casada de Nantes que tinha comércio carnal com um demônio. Aproveitando a estada do santo na cidade a mulher foi confessar-lhe o que sucedia pedindo persignasse a noite e tivesse junto a si na cama o báculo de que fez entrega os resultados foram satisfatórios e fe-los triunfar realizando também um exorcismo efetuado solenemente na catedral com a presença dos bispos de nantes de chartres. Estes dados foram encontrados em velhos manuscritos.

Santo Thomaz não duvidava de semelhantes prodígios diabólicos. Em seu tratado de teologia de fama universal e imperecível ocupa-se extensamente das audácias lascivas do demônio dos incubos e sucubos por isso não se deve estranhar que naqueles tempos e nos posteriores, se prestasse uma fé absoluta as coisas mais célebres, doutores da igreja sem excluir os papas que eram e são altos iniciados.
Muito mais que os delírios da feitiçaria a vida ascética e anti-natural dos conventos de freiras e frades fomentou a crença nas aparições de diabos luxuriosos. Todas as religiosas disse bayle quando tem uma natureza mais ou menos lasciva o que esta de impuros que são tentações feitas as nossas fraquezas para que pequenos mortalmente segundo a opinião de Antonio de Orquemada inserida em alguns manuscritos.

Em 1545 Magdalena da cruz abadessa de um convento de Cordova foi ter com Paulo III pedindo-lhe a absolvição pelo pecado de haver-se entregue sendo menina a um espírito maligno que sob a forma de mouro negro a possuía já a trinta anos.
A aproximação do incubo notava-se pelo excessivo calor que causava ao lugar do corpo onde tocava. A mística Angela de Folingo tinha de precaver-se sem cessar contra as solicitações do demônio e confessava que quando ele se acercava sentia tal fogo em suas partes intimas que se via obrigada a aplicar nelas um ferro em brasa para extinguir o incêndio de desejos suscitados pelo contacto diabólico.
E apesar do fogo interno e externo que os incubos comunicavam a sua vitima durante o incubato a espera do demônio era fria como gelo. Essa particularidade fizeram sempre notar todos os inquisidores e demonólogos de todas as épocas. Spranger o celebre inquisidor alemão em seu “malleus maleficarum” (o martírio dos bruxos) conta numerosas historias de incubos e sucubos entre elas ha uma de um feiticeiro que coabitava diante de amigos sem que estes vissem a sucuba.




Foi Pico de la Mirandola que conheceu um sacerdote e também um mago negro chamado Benito Berna que com a idade de oitenta anos declarava ter tido relações sexuais mais de quarenta vezes com uma sucuba.
Gardano conta ainda de outro sacerdote que gozou carnalmente mais de cinqüenta vezes com um demônio (como se fosse sua mulher).

Apesar de tantos exemplos e casos históricos certos demonólogos negaram a existência dos incubos e sucubos chamados respectivamente efialtes e hyfialtes dos incubos e sucubos chamados respectivamente efialtes e hyfialtes. Mestre Agrippa e o medico alemão wier ilustre demonólogo atribuem a imaginação exaltada pela continência todos os casos em que inervem esses demônios noturnos. As mulheres são melancólicas – diz este ultimo pensam celebrar o ato de uma certa maneira quando só realizam em sonhos provocados pela carne constrangida.
Foram os mais ilustres médicos do século XVII do mesmo parecer e sem embargo, enquanto se queimavam as bruxas que confessavam estar com o demônio, continuavam discutindo nas academias sobre a existência dos incubos e sucubos.
Estas uniões diabólicas dizia-se não eram sempre estéreis.
Spranger afirma que dessa copulas nascem certas criaturas de maior peso que outras mas sempre fracas e capazes de esgotar três amas sem nunca ficarem satisfeitas. Não obstante a opinião geral consistia afirmações de santo Agosinho São Crisostomo e são Gregório contra a opinião de lactanio e José.

Todas estas discriminações foram encontradas em velhos manuscritos e documentos que davam estas explicações. Por aquele tempo cumpriu-se na Europa a sentença que aguarda todos os que transpõem a porta do astral sem estar prevenidas pelos conhecimentos na pratica da alta magia.
As alucinações do mundo invisível apoderam-se dos homens e dando corpo e vida as fantásticas criações do plano astral prosam gerações inteiras nas trevas do delírio e da mais desenfreada histeria.
Hoje podemos estudar o problema serenamente e sonhar os enigmas do invisível com animo imparcial e decidido que nos deixará indenes.
Segundo o celebre ocultista H. Ridley no icubo e sucubato devem-se distinguir quatro aspectos que são os seguintes:

1ºa possessão involuntária – na cama a vítima geralmente dormindo ou semidormindo, sente um peso asfixiante e a sensação de um corpo invisível em contato com o seu, do qual recebe ardentes caricias preliminares de uma cópula esquisita, que a deixa muito exausta e dolorida pela posse.
2º a possessão satânica – o bruxo ou a bruxa toma parte voluntária no ato, e evoca a Satã para que apareça revestido do sexo oposto e a ele se entrega com tal fé e certeza do fenômeno, que segundo relatos verídicos e pelo visto em casos dos nossos dias o evocador demonstra gozar com a união demoníaca todos os prazeres que ela promete, efetivamente, com todos os efeitos fisiológicos de um coito normal e natural.
3º o comércio com os espíritos – e também uma possessão voluntária e é ocasionada na maioria dos casos pela evocação de uma pessoa amada recentemente, falecida que aparece durante o sono ou estando a pessoa que evoca desperta para entregar-se com ela aos transportes amorosos e carnais.
4ºa possessão mágica – entramos em pleno funcionamento das forças astrais manejadas cientificamente pelo mago.
Este se projeta para o plano astral e materializa seu corpo para ir possuir o objeto de seus apetites carnais.

Esta possessão deixa o domínio das alucinações para entrar no campo da magia experimental. Valendo-se de conhecimentos ocultos estabelece uma relação astral com a pessoa por ele escolhida por um ato de feitiçaria servindo-se de qualquer objeto pertencente a mesma . se tem cabelo um pano manchado com seu sangue roupa interior usada por algum tempo etc., tanto melhor. Em seguida o mago prepara os perfumes próprios para exaltar sua imaginação e facilitar o acontecimento.
Depois procede a exteriorização do corpo astral intensificando e enviando em direção a pessoa que se encontra dormindo. Afronta sem temor as involuntárias reações do organismo sobre o qual tem de obter vitória, sem ver o causador por mais vivamente que sinta seu contato mais materializado e visível que a mulher não tem dúvida de haver sido atacada por um homem em carne e osso, a quem procurará inutilmente depois de passado o ato.

A primeira forma de possessão (possessão involuntária), geralmente admitida nos séculos passados e presente e puro reduto ao qual favoreciam as preocupações da época ou por desequilíbrios nervosos que ainda hoje fazem muitas mulheres vítimas das mais raras aberrações da sensualidade. Os desejos recalcados em um estado de desassossego tal que se desabrochavam pelo fanatismo religioso intensificavam-se criando no plano astral entidades que tomavam o aspecto daqueles mesmos temores. E assim diabólicas figuras (obsessoras) nascidas da imaginação do obcecado assaltavam-no no começo e durante o sono. E mesmo depois de acordado quando já estava bastante condensada sua imaginação persuadindo-o cada vez mais da positiva existência deste fenômeno obtido através das obsessões.

A sugestão hipnótica permite obter a reprodução dos mesmos casos sem nenhum trabalho.
Se atuarmos sobre uma pessoa impressionável e lhe sugerirmos idéia do incubato ou sucubato teremos a observar um caso que em nada desmerecera os citados anteriormente.
Na vida do claustro e o papel de sugestão exercido pelas crenças religiosas que sustentam que o demônio e a origem e causa de todas as tentações que se verificam na própria vida dos santos provocadas por incubos e sucubos. Quanto a impressionabilidade neurótica é produzida pelo próprio regime do convento que ocasiona as circunstancias mais próprias para fazer vitimas de toda sorte de desequilíbrios morais.

E na possessão satânica ha um exemplo de auto-facinação, exaltada pelo emprego de certas cerimônias e substancias e também pela evocação astral de onde vem as formas atraídas e intensificadas, poderia deixar de dar um resultado com uma aparência de realidade suficiente para que o bruxo ou bruxa acreditasse na verdadeira presença do demônio. Não há nada pois de incrível que, sem o com o diabo, pois é tudo questão de magia e alta concentração.
Quanto ao comércio com os espíritos tanto da direita como da esquerda, não há dúvidas da causa que o determina. Causado pelos prodígios realizados por um desejo ardente e contínuo, como no caso anterior o astral e a auto-sugestão intervem associando-se para determinar os resultados expostos. A influência do astral é aqui mais direta e poderosa, visto que chama a vida e não a uma idéia melhor ou pior intensificada, como a do demônio, mas algo mais de um elementar, que no invisível continua procurando uma maneira de voltar ao plano de existência que deixou. Personifica-se primeiro enquanto dorme a pessoa que a evoca, porque assim se acha em melhores condições para estabelecer o contato astral, mas depois de visões conseguidas facilitará ao astral do morto novos e poderosos meios de materializar-se, chegando o momento em que aparece em forma densa e realiza o ato sexual com todas as aparências da realidade como se estivesse vivo de corpo quente.
Temos seguido ate aqui passo a passo as teorias do grande ocultista H. RIDLEY sobre esta matéria. Vejamos agora o que dizem sobre a mesma mentalidades do talhe de H.P.BLAVATSKY fundadora da sociedade teosófica e o celebre pensador alemão dr. Franz Hartman.

- “o incubo” disse a primeira “e o elemento masculino e a sucubo e o feminino e estes são sem duvida alguma os fantasmas de demonologia medieval evocados das regiões invisíveis pela paixão humana”.
Atualmente chama-se espíritos esposos e espíritos esposas entre alguns médiuns e espíritas. Mas ambos os nomes apesar de poéticos não impedem em nada aos ditos fantasmas de serem o que são na realidade vampiros e elementos sem alma ínfimos centros de vida desprovidos de sentido. Em uma palavra: protoplasmas subjetivos quando os deixam tranqüilos, pois agem como seres inteligentes e malvados mago negro ou uma bruxa em trabalhos de magia negra.
Este seres foram conhecidos em todos os tempos e em todos os paises e os antigos podem relatar os dramas horripilantes representados na vida de jovens estudantes e místicos pelo pizachas como são chamados na India milenar.
Segundo o dr. Franz Hartmann estas entidades dividem-se em 3 grupos:

1º) parasitas machos e fêmeas que se transformam em elementos astrais do homem ou da mulher em conseqüência de uma imaginação lasciva e corrupta.
2º) formas astrais de pessoas falecidas (elementares) que de maneira consciente ou instintiva são atraídas pelos luxuriosos manifestando sua presença de maneira tangível mas invisível e que tem comercio carnal com suas vitimas.
3º)os corpos astrais de feiticeiros ou bruxos que visitam homens ou mulheres para se unirem sexualmente.
Estas relações sexuais não são hoje em dia freqüentes como na idade média, naturalmente, mas são mais comuns do que geralmente se possa crer.

Os magos negros exercitados no desdobramento são inúmeros e abusam de seus poderes para satisfazer as suas baixas paixões em suas experiências.
Quando não ha evocação isto e quando a possessão é involuntária estas entidades astrais só se materializam em determinadas condições. São unicamente sentidas durante um estado de desequilíbrio psíquico, mas quando o doente recobra a saúde, deixam de manifestar-se, porque de uma constituição sã não podem tirar os elementos necessários para materializar-se e fazer realizar o que desejam.

Os incubos e sucubos podem ser pois o produto de uma psicose ou uma obsessão desejada.
A imaginação mórbida cria uma imagem: a vontade da pessoa a torna objetiva e a aura-nervosa pode torna-la visível e tangível. Depois uma vez criada uma imagem esta atrai a si as influências correspondentes da Anima Mundi.(alma do mundo)

Depois do acima transcrito, julgamos desnecessário continuar acumulado os pareceres de autoridades cientificas ou filosóficas, para confirmar a existência real e positiva desses seres lascivos, desses espíritos apegados à terra, que eram tidos como demônios na idade media e cuja missão era fazer sentir o aguilhão da luxúria aos homens e mulheres mais castas.