São numerosas as lendas pagãs que falam e contam do comércio carnal realizado por certas deidades com seres humanos.
Júpiter possuiu Alemene, e Semele thetis entregou-se a Paleo, e Venus a Anchises.
Para os cristãos da idade média, Júpiter e seus olímpicos companheiros não são falsas lendas, são alguma coisa de real e tangível.
Os demônios fazem muito mais que instigar os homens e as mulheres nas seduções revestindo-se da forma feminina ou masculina para oferecer a todos a ocasião de se perderem pelo pecado que expulsou do paraíso os nossos primeiros pais Adão e Eva. E isto nos tem sido transmitido desde tempos antiqüíssimos.
A religião hebraica conta o mesmo desde as primeiras épocas do mundo e a igreja adotou o parecer dos rabinos na interpretação do famoso capitulo do gênesis em que fala dos filhos de Jeová que tinham por mulheres as filhas dos homens.
Os escritos dos teologosfilosofos e médicos da idade media estão cheios de narrativas detalhadas que dizem da união diabólica com seres humanos. A crença foi geral e tão admitida que um escritor sagrado, disse no século XVII - : “não restaria senão demonstrar como os demônios podem ter comercio carnal com homens e mulheres mas o assunto é por demais obsceno para ser descrito nestas paginas”.
Geralmente o demônio tomava uma pessoa de um outro sexo e as vezes os dois alternativa e simultaneamente para saciar-se na indefesa vitima submersa em sono profundo. Homem ou mulher era cúmplice involuntário perdia no transe sua inocência sem que pudesse conhecer o ser invisível que lhe fizera mal, despertava depois encontrando a desventurada jovem em sua carne e em suas roupas provas verídicas do que lhe havia acontecido anteriormente.
Se os demônios tomavam o sexo masculino recebiam o nome de incubos e quando tomavam o feminino, denominavam-se sucubos. A realização desse ato sexual era chamado incubato quando a mulher era possuída por um demonio-macho e sucubato quando o homem era possuído por um demoni-femea.
A palavra incubo provem do verbo latino incubare que significa estar em cima de alguém.
Em um manuscrito citado por ducange encontra-se a seguinte definição:”incubi vel icubone” e uma espécie de demônio que esta com as mulheres”.
A etimologia do sucubo só difere da anterior por ser expressa a atitude do demônio transformado em mulher.
As descrições de casos de incubato abundam em todos os escritores dos séculos que passaram.
São Bernardo redimiu a uma mulher casada de Nantes que tinha comércio carnal com um demônio. Aproveitando a estada do santo na cidade a mulher foi confessar-lhe o que sucedia pedindo persignasse a noite e tivesse junto a si na cama o báculo de que fez entrega os resultados foram satisfatórios e fe-los triunfar realizando também um exorcismo efetuado solenemente na catedral com a presença dos bispos de nantes de chartres. Estes dados foram encontrados em velhos manuscritos.
Santo Thomaz não duvidava de semelhantes prodígios diabólicos. Em seu tratado de teologia de fama universal e imperecível ocupa-se extensamente das audácias lascivas do demônio dos incubos e sucubos por isso não se deve estranhar que naqueles tempos e nos posteriores, se prestasse uma fé absoluta as coisas mais célebres, doutores da igreja sem excluir os papas que eram e são altos iniciados.
Muito mais que os delírios da feitiçaria a vida ascética e anti-natural dos conventos de freiras e frades fomentou a crença nas aparições de diabos luxuriosos. Todas as religiosas disse bayle quando tem uma natureza mais ou menos lasciva o que esta de impuros que são tentações feitas as nossas fraquezas para que pequenos mortalmente segundo a opinião de Antonio de Orquemada inserida em alguns manuscritos.
Em 1545 Magdalena da cruz abadessa de um convento de Cordova foi ter com Paulo III pedindo-lhe a absolvição pelo pecado de haver-se entregue sendo menina a um espírito maligno que sob a forma de mouro negro a possuía já a trinta anos.
A aproximação do incubo notava-se pelo excessivo calor que causava ao lugar do corpo onde tocava. A mística Angela de Folingo tinha de precaver-se sem cessar contra as solicitações do demônio e confessava que quando ele se acercava sentia tal fogo em suas partes intimas que se via obrigada a aplicar nelas um ferro em brasa para extinguir o incêndio de desejos suscitados pelo contacto diabólico.
E apesar do fogo interno e externo que os incubos comunicavam a sua vitima durante o incubato a espera do demônio era fria como gelo. Essa particularidade fizeram sempre notar todos os inquisidores e demonólogos de todas as épocas. Spranger o celebre inquisidor alemão em seu “malleus maleficarum” (o martírio dos bruxos) conta numerosas historias de incubos e sucubos entre elas ha uma de um feiticeiro que coabitava diante de amigos sem que estes vissem a sucuba.
Foi Pico de la Mirandola que conheceu um sacerdote e também um mago negro chamado Benito Berna que com a idade de oitenta anos declarava ter tido relações sexuais mais de quarenta vezes com uma sucuba.
Gardano conta ainda de outro sacerdote que gozou carnalmente mais de cinqüenta vezes com um demônio (como se fosse sua mulher).
Apesar de tantos exemplos e casos históricos certos demonólogos negaram a existência dos incubos e sucubos chamados respectivamente efialtes e hyfialtes dos incubos e sucubos chamados respectivamente efialtes e hyfialtes. Mestre Agrippa e o medico alemão wier ilustre demonólogo atribuem a imaginação exaltada pela continência todos os casos em que inervem esses demônios noturnos. As mulheres são melancólicas – diz este ultimo pensam celebrar o ato de uma certa maneira quando só realizam em sonhos provocados pela carne constrangida.
Foram os mais ilustres médicos do século XVII do mesmo parecer e sem embargo, enquanto se queimavam as bruxas que confessavam estar com o demônio, continuavam discutindo nas academias sobre a existência dos incubos e sucubos.
Estas uniões diabólicas dizia-se não eram sempre estéreis.
Spranger afirma que dessa copulas nascem certas criaturas de maior peso que outras mas sempre fracas e capazes de esgotar três amas sem nunca ficarem satisfeitas. Não obstante a opinião geral consistia afirmações de santo Agosinho São Crisostomo e são Gregório contra a opinião de lactanio e José.
Todas estas discriminações foram encontradas em velhos manuscritos e documentos que davam estas explicações. Por aquele tempo cumpriu-se na Europa a sentença que aguarda todos os que transpõem a porta do astral sem estar prevenidas pelos conhecimentos na pratica da alta magia.
As alucinações do mundo invisível apoderam-se dos homens e dando corpo e vida as fantásticas criações do plano astral prosam gerações inteiras nas trevas do delírio e da mais desenfreada histeria.
Hoje podemos estudar o problema serenamente e sonhar os enigmas do invisível com animo imparcial e decidido que nos deixará indenes.
Segundo o celebre ocultista H. Ridley no icubo e sucubato devem-se distinguir quatro aspectos que são os seguintes:
1ºa possessão involuntária – na cama a vítima geralmente dormindo ou semidormindo, sente um peso asfixiante e a sensação de um corpo invisível em contato com o seu, do qual recebe ardentes caricias preliminares de uma cópula esquisita, que a deixa muito exausta e dolorida pela posse.
2º a possessão satânica – o bruxo ou a bruxa toma parte voluntária no ato, e evoca a Satã para que apareça revestido do sexo oposto e a ele se entrega com tal fé e certeza do fenômeno, que segundo relatos verídicos e pelo visto em casos dos nossos dias o evocador demonstra gozar com a união demoníaca todos os prazeres que ela promete, efetivamente, com todos os efeitos fisiológicos de um coito normal e natural.
3º o comércio com os espíritos – e também uma possessão voluntária e é ocasionada na maioria dos casos pela evocação de uma pessoa amada recentemente, falecida que aparece durante o sono ou estando a pessoa que evoca desperta para entregar-se com ela aos transportes amorosos e carnais.
4ºa possessão mágica – entramos em pleno funcionamento das forças astrais manejadas cientificamente pelo mago.
Este se projeta para o plano astral e materializa seu corpo para ir possuir o objeto de seus apetites carnais.
Esta possessão deixa o domínio das alucinações para entrar no campo da magia experimental. Valendo-se de conhecimentos ocultos estabelece uma relação astral com a pessoa por ele escolhida por um ato de feitiçaria servindo-se de qualquer objeto pertencente a mesma . se tem cabelo um pano manchado com seu sangue roupa interior usada por algum tempo etc., tanto melhor. Em seguida o mago prepara os perfumes próprios para exaltar sua imaginação e facilitar o acontecimento.
Depois procede a exteriorização do corpo astral intensificando e enviando em direção a pessoa que se encontra dormindo. Afronta sem temor as involuntárias reações do organismo sobre o qual tem de obter vitória, sem ver o causador por mais vivamente que sinta seu contato mais materializado e visível que a mulher não tem dúvida de haver sido atacada por um homem em carne e osso, a quem procurará inutilmente depois de passado o ato.
A primeira forma de possessão (possessão involuntária), geralmente admitida nos séculos passados e presente e puro reduto ao qual favoreciam as preocupações da época ou por desequilíbrios nervosos que ainda hoje fazem muitas mulheres vítimas das mais raras aberrações da sensualidade. Os desejos recalcados em um estado de desassossego tal que se desabrochavam pelo fanatismo religioso intensificavam-se criando no plano astral entidades que tomavam o aspecto daqueles mesmos temores. E assim diabólicas figuras (obsessoras) nascidas da imaginação do obcecado assaltavam-no no começo e durante o sono. E mesmo depois de acordado quando já estava bastante condensada sua imaginação persuadindo-o cada vez mais da positiva existência deste fenômeno obtido através das obsessões.
A sugestão hipnótica permite obter a reprodução dos mesmos casos sem nenhum trabalho.
Se atuarmos sobre uma pessoa impressionável e lhe sugerirmos idéia do incubato ou sucubato teremos a observar um caso que em nada desmerecera os citados anteriormente.
Na vida do claustro e o papel de sugestão exercido pelas crenças religiosas que sustentam que o demônio e a origem e causa de todas as tentações que se verificam na própria vida dos santos provocadas por incubos e sucubos. Quanto a impressionabilidade neurótica é produzida pelo próprio regime do convento que ocasiona as circunstancias mais próprias para fazer vitimas de toda sorte de desequilíbrios morais.
E na possessão satânica ha um exemplo de auto-facinação, exaltada pelo emprego de certas cerimônias e substancias e também pela evocação astral de onde vem as formas atraídas e intensificadas, poderia deixar de dar um resultado com uma aparência de realidade suficiente para que o bruxo ou bruxa acreditasse na verdadeira presença do demônio. Não há nada pois de incrível que, sem o com o diabo, pois é tudo questão de magia e alta concentração.
Quanto ao comércio com os espíritos tanto da direita como da esquerda, não há dúvidas da causa que o determina. Causado pelos prodígios realizados por um desejo ardente e contínuo, como no caso anterior o astral e a auto-sugestão intervem associando-se para determinar os resultados expostos. A influência do astral é aqui mais direta e poderosa, visto que chama a vida e não a uma idéia melhor ou pior intensificada, como a do demônio, mas algo mais de um elementar, que no invisível continua procurando uma maneira de voltar ao plano de existência que deixou. Personifica-se primeiro enquanto dorme a pessoa que a evoca, porque assim se acha em melhores condições para estabelecer o contato astral, mas depois de visões conseguidas facilitará ao astral do morto novos e poderosos meios de materializar-se, chegando o momento em que aparece em forma densa e realiza o ato sexual com todas as aparências da realidade como se estivesse vivo de corpo quente.
Temos seguido ate aqui passo a passo as teorias do grande ocultista H. RIDLEY sobre esta matéria. Vejamos agora o que dizem sobre a mesma mentalidades do talhe de H.P.BLAVATSKY fundadora da sociedade teosófica e o celebre pensador alemão dr. Franz Hartman.
- “o incubo” disse a primeira “e o elemento masculino e a sucubo e o feminino e estes são sem duvida alguma os fantasmas de demonologia medieval evocados das regiões invisíveis pela paixão humana”.
Atualmente chama-se espíritos esposos e espíritos esposas entre alguns médiuns e espíritas. Mas ambos os nomes apesar de poéticos não impedem em nada aos ditos fantasmas de serem o que são na realidade vampiros e elementos sem alma ínfimos centros de vida desprovidos de sentido. Em uma palavra: protoplasmas subjetivos quando os deixam tranqüilos, pois agem como seres inteligentes e malvados mago negro ou uma bruxa em trabalhos de magia negra.
Este seres foram conhecidos em todos os tempos e em todos os paises e os antigos podem relatar os dramas horripilantes representados na vida de jovens estudantes e místicos pelo pizachas como são chamados na India milenar.
Segundo o dr. Franz Hartmann estas entidades dividem-se em 3 grupos:
1º) parasitas machos e fêmeas que se transformam em elementos astrais do homem ou da mulher em conseqüência de uma imaginação lasciva e corrupta.
2º) formas astrais de pessoas falecidas (elementares) que de maneira consciente ou instintiva são atraídas pelos luxuriosos manifestando sua presença de maneira tangível mas invisível e que tem comercio carnal com suas vitimas.
3º)os corpos astrais de feiticeiros ou bruxos que visitam homens ou mulheres para se unirem sexualmente.
Estas relações sexuais não são hoje em dia freqüentes como na idade média, naturalmente, mas são mais comuns do que geralmente se possa crer.
Os magos negros exercitados no desdobramento são inúmeros e abusam de seus poderes para satisfazer as suas baixas paixões em suas experiências.
Quando não ha evocação isto e quando a possessão é involuntária estas entidades astrais só se materializam em determinadas condições. São unicamente sentidas durante um estado de desequilíbrio psíquico, mas quando o doente recobra a saúde, deixam de manifestar-se, porque de uma constituição sã não podem tirar os elementos necessários para materializar-se e fazer realizar o que desejam.
Os incubos e sucubos podem ser pois o produto de uma psicose ou uma obsessão desejada.
A imaginação mórbida cria uma imagem: a vontade da pessoa a torna objetiva e a aura-nervosa pode torna-la visível e tangível. Depois uma vez criada uma imagem esta atrai a si as influências correspondentes da Anima Mundi.(alma do mundo)
Depois do acima transcrito, julgamos desnecessário continuar acumulado os pareceres de autoridades cientificas ou filosóficas, para confirmar a existência real e positiva desses seres lascivos, desses espíritos apegados à terra, que eram tidos como demônios na idade media e cuja missão era fazer sentir o aguilhão da luxúria aos homens e mulheres mais castas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário